Dra. Veronica Licitra

Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, essa síndrome é uma resposta ao estresse crônico causado pelo ambiente de trabalho que apresenta repercussão física e mental, levando a pessoa em questão a não conseguir estar à altura das demandas do trabalho que antes era realizado com certa tranqüilidade.

Vale salientar que essa síndrome não é resultado de uma rotina puxada de trabalho, mas de um longo período de tempo submetido ao estresse crônico e gradual.

Dito de outra forma, o burnout não acontece de repente. Você não acorda uma manhã e, de repente, “está esgotado”. A natureza da síndrome é muito mais insidiosa e se desenvolve ao longo do tempo, o que a torna muito mais difícil de ser reconhecida.

Ainda assim, nossos corpos e mentes nos dão avisos, e se você souber o que procurar, poderá reconhecê-la antes que seja tarde demais. Assim, pode conseguir evitar que, no meio do esgotamento completo, você não seja mais capaz de funcionar efetivamente em um nível pessoal e profissional.

Médica especialista para tratar a Síndrome de Burnout

Dra Veronica Licitra é médica, atua na área de psiquiatria, é especialista em Burnout e tem tratado muitos pacientes com essa síndrome, inclusive os casos mais graves.

Atualmente a Dra Veronica estuda com enfoque em tratamentos com medicações mais modernas que não causam dependência.

Em 1974, Herbert J. Freudenberger, um psicólogo estadunidense, notou entre os seus colegas os sintomas de esgotamento mental provocado pela atividade ocupacional de cada um deles, e deu a isso o nome de staff burn-out. Assim foi a primeira descrição da Síndrome do Burnout.

No entanto, apesar de sua existência ter sido relatada há quase 50 anos, apenas na última década essa condição foi se tornando mais conhecida. Isso, graças às suas implicações negativas sobre a saúde mental do trabalhador, levando à queda na produtividade e ao seu baixo desempenho e, por conseqüência, impactando o bom desenvolvimento da empresa.

As causas estão diretamente ligadas ao ambiente de trabalho, pois outras fontes de estresse e sofrimento que não são originadas de lá corroboram com outros diagnósticos como depressão, ansiedade, entre outros.

Dessa forma, os fatores que desencadeiam essa síndrome estão relacionados com a rotina profissional.
Vamos a alguns deles:

  • Carga de trabalho excessiva 
  • Cargos de grande responsabilidade
  • Ambiente hostil de trabalho
  • Assédio moral
  • Medo de perder o emprego por depender da renda
  • Falta de apoio dos superiores
  • Falta de reconhecimento
  • Incapacidade de reconhecer os próprios limites diante do estresse crônico
  • Sensação de diminuição de energia e exaustão: parece que a pessoa não tem energia para cumprir com suas obrigações e mesmo descansando ao final do dia, o cansaço não é resolvido, funcionando como um cansaço crônico
  • Distanciamento mental ou sentimentos negativos
  • Produtividade reduzida no trabalho
  • Explosões de raiva que não aconteciam em outras fases ou empregos
  • Esquecimento/dificuldade de concentração e atenção
  • Sinais de cinismo e desapego
  • Isolamento
  • Foge dos problemas e questões do trabalho
  • Dores de cabeça freqüentes
  • Alteração no apetite
  • Alteração no sono
  • Seu corpo adoece constantemente
  • Fadiga, tensão e dores musculares
  • Sentimentos de derrota e incompetência; “nada do que eu fizer vai fazer diferença”, “não faço nada direito”
  • Sentimentos de fracasso e insegurança
  • Crises de ansiedade freqüentes no ambiente de trabalho ou até mesmo antes de chegar lá.

É claro que essa diferenciação é mais complexa, mas a grosso modo podemos colocar desta forma que se segue.

Depressão e Burnout: No caso do Burnout, após o término do expediente os sintomas melhoram, enquanto na depressão os sintomas se estendem a todos os âmbitos da vida.

O burnout já impacta a vida de 30% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com um levantamento realizado pela International Stress Management Association (Isma), o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados, sendo superado apenas pelo Japão, onde 70% da população é afetada pelo problema. 

A ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho) divulgou resultados de uma pesquisa da instituição, na qual foi apurado que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros estão profissionalmente esgotados.

Globalmente, a doença chega a impactar 264 milhões de pessoas.

-Mas doutora, eu não posso parar.

Essas pessoas têm uma visão distorcida e acham que não podem parar, mesmo sofrendo.

Mas o fato é que se você não parar voluntariamente, o seu corpo vai parar por esgotamento real. Não se permita chegar nesse estágio.

Requer uma dose de humildade para admitir que é preciso parar e que isso não significa fraqueza, mas que é uma visão realista de si mesmo, para aceitar que é necessário parar.

Demanda da realidade x capacidade de entrega

Você sempre deu conta do trabalho? E agora não dá mais? Mais provável que seja o esgotamento profissional.

Ou nunca deu? – Reflita sobre suas capacidades em comparação com as habilidades exigidas! Talvez esse não seja o emprego certo para você, e está tudo bem.

Essa síndrome exige o tratamento medicamentoso e não medicamentoso. O primeiro geralmente é administrado com antidepressivos e o segundo, com terapia cognitivo comportamental e afastamento ou até, em alguns casos mais graves, desligamento total da empresa.

  • Faça atividade física regular de no mínimo 30 minutos. Preferencialmente vá à academia, mas pode ser o que mais gosta de fazer, como dança, natação, futebol… O importante é se movimentar e assim produzir neurotransmissores que agem como ansiolíticos naturais.
  • Se alimente bem, evite doces e industrializados e opte por alimentos ricos em polifenóis, como brócolis e verduras verdes, pois eles ajudam na saúde mental
  • Durma cedo e por no mínimo 8 horas, pois passar da hora de dormir só favorece ao estresse
  • Faça terapia com o bom profissional, converse sobre seus sentimentos e dificuldades. 

Eu, Dra. Veronica, atuo na área de psiquiatria, estou aqui para te ajudar e trato a Síndrome de Burnout. Se você se identificou com algum desses sintomas ou conhece alguém que apresente, entre em contato para iniciar tratamento ou para maiores informações.

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